12 de out. de 2007

Afastei as cortinas para ver como estava o dia. Ainda nublado, ainda fresco, novamente sem mudanças. Parecia possuir a minha cara (cara de quem recém tinha aberto os olhos, num esforço tremendo, querendo acordar). Ao movimento cotidiano de olhar para fora, sem necessariamente estar à procura de algo, uma sensação de distância – quem sabe transmitida pelos vidros fechados - de pertencimento a um outro mundo, enquanto os passarinhos ligavam telhados, com a mesma delicadeza que o vento balançava as folhas do abacateiro.

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