Centro. As linhas arquitetonicas do mercado público, me fazem lembrar o de Porto Alegre (preciso sondar, talvez tenham sido obra da mesma pessoa). Na região próxima ao mercado é possivel encontrar um número significativo de construções que datam do periodo colonial, ligadas por ruelas com calçamento irregular (pequenas jóias). Um grande número de templos da Igreja Cátolica foram erguidos, o que diz da fé do povo que vive aqui. Com facilidade encontro na entrada de prédios históricos um valor estipulado para a visitação - não entro, dou meia volta! O preço do transporte coletivo é salgado (R$ 2,40), além do mais, o serviço oferecido está aquem. A população também é constituida por muitos gaúchos e paulistas. Sobre o recolhimento do lixo, triste constatação, ainda não existe o sistema de coleta seletiva, nem um pensamento que vá nessa direção . Na Lagoa da Conceição, ouvi histórias que falam sobre a magia da ilha e a bruxa e a manifestação popular do Boi de Mamão. O bairro de São João do Rio Vermelho, mais ao norte, é uma zona rural, de vaquinhas, urubus, quero-queros ... e noites estreladas. Ando pelas ruas, por vezes tarde da noite, e me sinto seguro, nem polícia me para. Tenho acordado "com sinfonia de pardais, a magestade o sabiá....". Uma descoberta importante: saber que Florianópolis já foi chamada de Nossa Senhora do Desterro (capital da Capitania de Santa Catarina). O que fez com que o grande poeta João da Cruz e Sousa (1861 - 1898), ficasse igualmente conhecido como o poeta do desterro.
.....Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes,
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas. ....
Violões que choram...(jan. 1897)